terça-feira, 2 de junho de 2009

Silêncio de pedra

Está um silêncio de pedra
neste espaço enorme entre pés
e no frio que une-se ao calor
e vai, cinza, assustar os prédios
da contabilização oficial.
E num concreto momento
escapo do corpo e deito
numa cama de pano...
sob um campo tão alto...
e numas nove cores descanso.

Procura seguir o ferro e a linha!
Procura voltar teu episódio!
Quanto espaço! Quanta vida inda guardada!

Nas pesadas janelas, nos cofres concelados...
e pergunto: pra quê o mundo todo armado?

Pesquiso, mas termino
em casa, sem resposta,
exausto.

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