terça-feira, 2 de junho de 2009

Cidade sitiada

Meu peito se abre
e integra a cidadela
e compõe o sol poente
no coração do mundo.

Feixes de luz no escuro...
sombra toca a mão da sombra...
olhos que se perdem nas águas...
toques já perdidos no tempo...

a chuva leva silentes desejos azuis pela
colina, colina abaixo, dia negro...
dia surdo! Dia cego!

Olho as pernas, os medos, os...
estirados no calçadão central
pegando bonde, chegando cedo
onde não precisam estar...

Não conheço outras verdades!
Desta vida, carrego comigo
a ansiedade e imprecisão
de cada canto que enxergo.

2 comentário(s):

Gi Lahude disse...

Parabéns Juli, belo poema/poesia. :)

mills disse...

"pegando bonde, chegando cedo
onde não precisam estar..."

gostei desse também :)