Quem ama a coisa amada
e sofre seu desamor
há de ser a coisa errada
que alimenta sua dor;
em seguida, abandonada.
Quem adoece de delírio,
da falta do chão à frente,
traça de pano inconsistente
os laços do corpo empírico,
morada do coração batente.
Quem cumpre a vã promessa
ou pena da vida correta
promete-se à rosa, e por essa
traça uma linha infinita e reta;
pede-se (por medo): não a meça.
Quem recorre ao grande raio
do poema, e colhe o nada
duma insanidade declarada
(seja no ano, agosto, maio):
sinal que ama a cois' amada.
segunda-feira, 8 de junho de 2009
Quem ama a coisa amada
| marcado em Jules gostou, poesia | Este texto foi postado às 19:25 e está marcado em Jules gostou, poesia . Você pode seguir os comentários através do Feed RSS 2.0. Você pode também deixar um comentário, ou linkar do seu site.
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1 comentário(s):
Primeira regra da vida: não a meça.
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