Passeio só à tarde
às margens mudas do lago.
Mas não há um peixinho só
que explique a paixão que trago.
O sol conduz o horizonte;
sei que a lua chega logo.
Porém persiste o fogo errante
desta paixão que agora afogo.
A brisa morna do céu laranja
aquece as frias mãos sem tato.
Atrevo-me; peco. Com as mesmas
puras mãos, a paixão eu mato.
Observo meu reflexo: o que foi
que fiz? Amargo fujo e corro,
pois da ausência da paixão já
trucidada, por dentro todo morro.
E veio a lua feito pérola lustrada
pintando as sombras de luminosa cor.
Em súbita felicidade rara, percebo
que da paixão deposta surgiu o amor.
terça-feira, 14 de abril de 2009
Ressureição
| marcado em poesia | Este texto foi postado às 23:51 e está marcado em poesia . Você pode seguir os comentários através do Feed RSS 2.0. Você pode também deixar um comentário, ou linkar do seu site.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
2 comentário(s):
own *-*
"Porém persiste o fogo errante
desta paixão que agora afogo."
ADOREI esse. vou guardar aqui no pc. haha
Postar um comentário