terça-feira, 14 de abril de 2009

Pensentir

Pensamos, sentimos,
pensentimos (e etc) tudo,
até mesmo o sentir proibido
e o pensar fundalmentalmente estúpido
que é uma mandrágora
mil-folhas laranjamarelado
soprando o açúcar (em
diversas ondulações sobrepostas)
do ato de soprar (e é
o sopro que aqui age)
teus cabelos miraculosos:
haja audácia!
A primária ponta do dedo
(já fora do risco de ser corpo)
é que toca este azul veludo.
Pura sensação
falsificada, mirageira,
pois lá vai a cama-de-rosas
(azaleias, cravos) desfilar
luminescentissimamente bela
em minha mental imagem.
Enquanto eu
pensando, sentindo,
fico apenas com o que se salva
nos farelos que o vento (e etc) recusou.

1 comentário(s):

mills disse...

confesso que sofro pra ler palavras juntas, mas gostei bastante (:
sem tempo pra comentar, sabecomoé?