É tempo de chover as estações,
numa rua me somar aos foliões.
É tempos da língua. De um breve
contato entre corpo e âncora.
É tempo do farol recortar oceanos
e de um velho sabor fresco.
É tempo das ovelhas
e não dos lobos.
É tempo de promessas às cegas
e de um grito novo, heroico.
É tempo de focar a luz bêbeda,
intrinsecamente minha, nos papéis.
É tempo da viagem adormecida
sob séculos e séculos e séculos.
Ah, os papéis! Ah, a viagem!
É tempo, tempo antes de outro qualquer,
de escalar a colina
(eu sei que teus pés não conversam)
de segurar firme a tua bandeira
(sei que teus braços já frios)
e num gesto férreo
(teus gestos estudados)
lançar sobre o sono internacional tua bolha
amorosa... Eis que começa o mundo,
tímido, patético e otimista.
domingo, 26 de abril de 2009
É tempo
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