domingo, 26 de abril de 2009

Floresceu

Contraio-me
minimizo-me, perco-me
diante do arsenal que me é apontado.
Sou mais um subjugado dessa Máquina.

A Máquina não julga.
A Máquina não escolhe.

Sentado, perco a postura e choro.
Sombras me atingem como caminhões no escuro.
No refúgio é tarde demais,
e tudo é lástima
minha face é lástima
e poeira que flutua e vai pousar onde...

Descobri a fraqueza nos meus músculos,
meu chapéu não mais me cobre.
O povo não pensa e é morte,
a imagem que vê meu olho chega dividida,
é caos (e melancias, relógios, tudo).

Mas da soma de lágrimas excessivas
o último santuário brota desinformado,
em forma e cor de delicada
plantinha amarela; anúncio prévio de que
a vida continua, fora a noite, a fome e o medo.

3 comentário(s):

disse...

é, a vida continua :)

Carola Guimarães disse...

Porque máquina não tem emoção, não sente, não tem senso. Apenas age como é programada. Só.

mills disse...

bombom;