Sou o abraço do braço do relógio
sou a torneira pingando rouca
sou canto à orelha do livro
(quem me dera ter um livro
agora!).
Sou o carinho de veludo dos amantes.
E a pólvora. E pó. E rastro
de vida conquanto se vive.
Sou a formiga invencível escalando
este homem. Sou fé. Estou nu.
Sou bem poeta e a letra que me falta
desaguou rio acima, rio abaixo.
Sou cactus
sou planta imensa imensa imensa
tenho vida tenho fome tenho
mas não tenho amor amar não.
Sou cores translúcidas várias
faça inverno faça verão
a dor de um só coração
não é pret' e branca.
No esquema, sou uma alavanca
que se puxa pra parar de vez
o trem da minha vida.
domingo, 22 de março de 2009
Fotografia
| marcado em poesia | Este texto foi postado às 21:28 e está marcado em poesia . Você pode seguir os comentários através do Feed RSS 2.0. Você pode também deixar um comentário, ou linkar do seu site.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
6 comentário(s):
obediente você :) gostei do imensa imensa imensa. não entendi quem tu é, mas beleza (não sou tão erudita AINDA)
adorei, mas acho que tem que prestar mais atenção nos pequenos erros; penso que tu não revisa antes de mandar!
gostei mais da última estrofe.
é, vai ver gosto de coisas tristes. (vide discussão com Kári)
"As pessoas veem, e ainda apontam, os erros alheios, porém ao fazer isso erram"
- Cuidado com a concordância verbal/nominal!
Acho engraçado que as pessoas se dão o direito de decidir que o texto tem erros...
Licença poética.
não existem 'erros'. Que coisa mais Napoleão Mendes de Almeida! corrigir 'supostos' erros gramaticais é SOOOOO LAST CENTURY!
Postar um comentário