quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Sensações alheias

O que é a vela a queimar
senão o amor da chama ao pavio?
Que faz sozinho o mar
impedido de tomar acima o rio?

Do vento, guardo a brisa morna
a recolher lástimas póstumas terrenas.
Mas há algo que muta e torna
as grandes paixões em flores pequenas.

Se é raro já é sentido:
amei por ti, amor,
deixaste-me ao coração partido.

Mais vale o nome da cor;
o ferimento nunca foi perdido,
a face apenas recobre a dor.

1 comentário(s):

Fay disse...

olá! vim para retribuir a visita e já está nos favoritos! gostei muito desse seu poema, lindo isso:

"Que faz sozinho o mar
impedido de tomar acima o rio?"

continue escrevendo, passarei aqui mais outras vezes :)