Cadê meus papéis especiais
e minhas tintas raras?
O vento levou.
Cadê meu mural de risos,
meus retratos interrompidos?
O vento levou.
Cadê o calor da sopa
e o brilhar das folhas laranjas?
O vento levou.
Cadê o mármore e o marfim
dos quatro cantos do mundo?
O vento levou.
Cadê as sete trombetadas
dos anjos finais?
O vento levou.
Cadê a embarcação do rio,
mãe de todas as vossas águas?
O vento levou.
Cadê o amor em casca de mel,
faixa última de esperança?
O vento
não levou: consumiu.
quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009
Ovent
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1 comentário(s):
alguma coisa tinha que ficar..
ou
ser consumida.
tri!
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