segunda-feira, 17 de novembro de 2008

O poema das formas

Ai! A forma,
ai o risco, traço,
o barulho e a linha
que não compreendo.

Ao lado, ao meu redor
tudo em forma pura de
linharetotraçovoltaesboço
em emendas do anfitrião dessa terra,
ai, a terra que não teme seus filhos
nem o diabo.

Ao lado ao meu redor:
tudo é linha.
Não há homens. Nem palavras.
Não há ódio nem amor.
Não há. Não é.
Não existe.
Não.
N.

O que existe? O que não é forma
o que não foi toque:
é o eu entre o céu e o mar,
frívolo e discreto.

Das formas espalhadas que não extínguo
chacoalhando a vida só
e delas rindo (pois tens boca),
tornou-te em tempo delas todas,
amor "amaro",
e óh! és a mais bela e formidável.

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