sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Minha cruz dourada

Olhos fatigantes
drenam-me o cabelo
e a prudência com carência estabelecida
dentro de sonhos cuidadosamente sonhados,
não são fatigados; são fatigantes.

Transcedendo a verdade e o vidro,
existe uma fina camada de cobre
recobrindo nossos diversos dedos.
Vai ver por isso somos tão estáticos,
vai ver por isso mentimos tanto.

É sob essa luz áurea,
viajando acima de nosso alcance,
que prometemos as
prometidas impossibilidades
daquelas promessas impossíveis
que só te conto à tua ausência,
quando me vêm fazer companhia.

Verdades nós criamos num susto,
a muito custo
dos nossos preços especiais.

Maior quer seja esse perfume,
lufa-lufa e vaga-lume,
eternos aos velhos demais.

0 comentário(s):