sábado, 6 de setembro de 2008

Antes do outubro

Desejos de cor vulga e avulsa
fazem-se teus melhores escravos.
derramamos nosso sangue rubro
em nome do pai, do filho,
em nome de nós mesmos.

Derramamos o nome sobre o próprio sangue
envolto de pistas desse mistério mangue
que deixa uma cicatriz entre nós,
em nossa lábia, cantiga e voz.

O frio contorna as quatro paredes
e vem ao teu peito descansar,
teus pequeninos latifúndios
de emoções sinceras mortificadas.

Mas tu continuas intacto,
nesses malabarismos do viver ato,
pois não tens dinamite que chega
para explodir o coração que te integra.

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