sábado, 6 de setembro de 2008

Soneto de descontento

A estrada fluorescente
segue inflexível
e não se importa
de perguntar-me se sigo.

Sigo debilitado mas sigo,
ainda entre espinhos
recolho minhas mãos
e minhas audácias.

Não percebi o cálice,
a hora tornou-se tarde demais
para teus passos atrevidos!

Acostumei tua voz
às mortes minhas, diversas,
cheias de vida.

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