Canto calmo pois aprendi que o canto é meu destino.
Colho lento as coisas derrubadas por aí.
Vejo róseos braceletes em certos braços distantes.
Canto sobretudo pelo momento e por seu brilho.
Perco olhares distraídos neste céu de descobertas.
Curiosas estrelas vêm me contar dos séculos.
Escondo-lhes meus segredos: entenderiam bem demais.
Construo o meu palco conforme moldo meu destino.
Sou uma marionete? Seria um fantoche? Talvez,
mas posso controlar-me, e meus sorrisos.
Escondo-me pois o tempo perdoa os cruéis.
Conserto-me buscando a volta à vida.
Canto pelas avenidas meus estilos de outrora.
É só vento? Mas não há vento algum.
D'alguma forma compenso o que nunca tive.
Mas como? Colho gestos já em absoluto desuso.
Sei só que daqui nada levo, fora os olhares,
o espaço nas janelas
e o carinho sublime, porém existente e eterno,
desde que o se queira.
terça-feira, 31 de março de 2009
Canto calmo
| marcado em Jules gostou, poesia | Este texto foi postado às 19:17 e está marcado em Jules gostou, poesia . Você pode seguir os comentários através do Feed RSS 2.0. Você pode também deixar um comentário, ou linkar do seu site.
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gostei gostei gostei desse também.
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