segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Confssão

Eu vos juro
e juro sob minha alma entre paredes
que jamais fiz algo errado.
Pudera eu! sempre certo em relíquia
e dum gesto que eles não entendem.

Minha pena e prisão:
essa gente.

Se cometi o crime,
se apontei a arma à face nua
e no gatilho apertou-me a vontade;
se matei um homem, o irmão, Deus,
culpa minha que não foi.

Não, sou só vítima,
eternamente vítima

do jogo superior que não entendo:
estou ao tabuleiro.

Se houve morte, câncer,
roubo,
se feri às pessoas na casca da pele
e rachei as sombras de suas incógnitas
nunca será minha a culpa!

Meu pai, crês no que digo?
Não apontaria fogo a amigo.

Mas aqui, na cidade do silêncio e justiça
a arma que não saquei
dispara por si mesma.

1 comentário(s):

disse...

'a culpa é minha, e eu coloco ela em quem eu quiser!'
achei que merecia uma citação.