Fogo palpitante
e as rodovias suspensas
àquela uma que descrevo
em deserto, desertam-me.
(É isso mesmo)
o homem cada vez mais máquina
já esquecera como olhar para os lados.
A raiz de tudo está em aérea flutuação,
desbotando a ponta periódica
do meu triângulo ABC sem lados,
de lados A Z K L C F E,
xiz da razão-cheque-mate.
Eu, que nasci de sonho
nesse mundo de semi-deuses indiscretos
devotos ao que ponho
sob a mesa vento vinho fogo reto,
justo eu!, pra me ser.
Pronto para a fuga,
fugindo dessa existência controversa
que abre janelas rios fluindo aquático
apático fato de ser-me!
Incontáveis as contas
prontas e já escritas nas estrelas
que insistimos em recalcular.
Alto atuo o ato
vide vivo a vida que
foi-me transgredida
por monges mangas
rasgadas e suculentas
fruto e polpa, também.
Sobram ainda fragalhos dos amigos
amados amigos amizade amontoada
às pressas.
Pois se não fosse eu a cumprir
o papel de metalingüisticar-me
que seriam vocês de mim?
quarta-feira, 1 de outubro de 2008
Eu, que sou
| marcado em Jules gostou, poesia | Este texto foi postado às 20:19 e está marcado em Jules gostou, poesia . Você pode seguir os comentários através do Feed RSS 2.0. Você pode também deixar um comentário, ou linkar do seu site.
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