Das tartarugas herdei
esse casco que me envolve
de doce jeito leve.
Nas tartarugas estudei
o calmo olhar, a experiência
do sorriso mudo e sincero.
Com tartarugas aprendi:
se quero durar duzentos anos,
se vai um passo por vez.
De tartarugas, conheci
a conquista da terra e
do mar, pacientosa.
Observando tartarugas
percebi como ter amado
serviu pra me enganar.
Interrogando tartarugas
descobri a felicidade espremida
no botão de margaridas.
Em tartarugas achei
a modéstia entrerrotada,
esta rara matéria-prima.
Por tartarugas usei
meu esforço último no mundo
insuperável e já sem gosto.
Um coral de tartarugas me esclarece:
vai Juliano! que da vida o sentido
é a grama rolando verde na colina
ao som do vento e do musgo.
quarta-feira, 11 de março de 2009
Aprendi com as tartarugas
| marcado em Jules gostou, poesia | Este texto foi postado às 21:51 e está marcado em Jules gostou, poesia . Você pode seguir os comentários através do Feed RSS 2.0. Você pode também deixar um comentário, ou linkar do seu site.
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2 comentário(s):
adoro tartarugas :D acho que isso influenciou na minha leitura oks. mas MUITO BOM! meus comentários cada vez mais repetitivos tão ficando chatos. enfim. muy bueno, again.
ai ai ai ui ui!
se usou como eu-lírico?
falando nisso, matéria-prima ainda tem hífen? ;p
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